Elas são animais emblemáticos da fauna africana - mas ainda não foram objeto de muitos estudos científicos. Agora os pesquisadores vêm notando uma tendência preocupante: em todo o continente, as populações diminuíram de 140 mil para menos de 80 mil indivíduos no decorrer dos últimos 15 anos, segundo a Fundação para a Preservação das Girafas (GCF, na sigla em inglês).
Os animais possuem os seus hábitats na superfície terrestre e as organizações atuais levaram algumas centenas de anos, ou mais, para se adaptarem ao local. Mas o homem interfere de forma grosseira e sem cautela. Isso pode ser e é fatal para muitas espécies. Espécies essas, que poderiam contribuir para a ciência ou simplesmente cumprir o seu objetivo, pertencer ao ciclo da vida fazendo com que a natureza se mantenha em equilíbrio.
Lentas e enormes, elas "são um alvo fácil e rendem muita carne" a caçadores, sobretudo na conflagrada República Democrática do Congo, diz Julian Fennessy, da GCF. As manadas também sofrem com a perda de hábitat e com os nativos que satisfazem a superstição, vigente em algumas tribos, de que a ingestão de cérebro de girafa protege contra o vírus HIV. Ainda assim, diz Fennessy, "não nos esforçaríamos tanto se achássemos que é tarde demais". - Por Catherine Zuckerman
FONTE: Revista National Geographic - Abril 2015.