- Resumo do trabalho produzido por Celso Fonte, Fabio Altair e Mariana Carvalho para ser apresentado na disciplina de Geografia Agrária na UFSJ.
Essa tecnologia surgiu na década de 1970, quando foi desenvolvida a técnica de recombinar DNA. Os pioneiros desse avanço na ciência foram os pesquisadores americanos Sanley Conhen e Herbert Boyer, que conseguiram introduzir o gene de uma rã no interior de uma bactéria.
Fábio Alves, 2015. FONTE: ISAAA, 2013. |
No Brasil, o artigo 40 da Lei de Biossegurança (11.105/05) prevê a rotulagem dos transgênicos conforme o Decreto nº 4680/03, com isso, todo alimento que possuir algum componente transgênico, deve possuir o símbolo no rótulo. Por exemplo, os sachês de maionese de hambúrguer. Entretanto, a proposta do deputado Luiz Carlos Heinze (PP-RS), que agora segue para o Senado, substitui o símbolo pelos dizeres: “contém transgênico”. O texto também restringe a necessidade de alerta para produtos em que a substância transgênica supere 1% da composição.
CONSUMO DE AGROTÓXICOS E FERTILIZANTES QUÍMICOS
NAS LAVOURAS DO BRASIL, DE 2002 A 2011
Pode-se notar, que ao contrário do prometido, mesmo com a produção transgênica, o uso de agrotóxico aumentou. E pior, criou-se assim um círculo vicioso no qual o progresso tecnológico se processa visando solucionar problemas gerados pelas tecnologias precedentes.
Na América Latina, o problema mais grave está relacionado à explosão populacional de lagartas do gênero Helicoverpa em lavouras de algodão, soja e milho. No Brasil, houve prejuízo de R$ 2 bilhões, na safra de 2012/2013. No caso da infestação da Helicoverpa, as evidências têm indicado que, uma vez que a lagarta se instala no cartucho do milho ou na maçã do algodão, nem mesmo as pulverizações com agrotóxicos dão conta de controlá-la.
Desde 2005, o Brasil iniciou o pagamento de royalties por parte dos produtores de soja transgênica do Rio Grande do Sul à multinacional Monsanto, empresa detentora dos direitos de patente da soja transgênica plantada neste estado. Com isso, oficializou-se a cobrança de R$ 0,60 por saca de sessenta quilos de soja transgênica entregue às cooperativas de produtores.
Vale lembrar que a quase totalidade do material genético usado como matéria-prima para as pesquisas biotecnológicas, da qual a engenharia genética é a parte mais moderna, está nos países da Ásia, África e América Latina, sendo a Amazônia um dos principais centros de biodiversidade do mundo. Contudo, a renda produzida por essa tecnologia vai para as matrizes das principais empresas que estão nos EUA e Europa.
No Brasil, a territorialização do capital e a oligopolização do espaço agrícola têm promovido profundos impactos socioespaciais, quer no campo quer nas cidades. É possível identificar várias áreas nas quais a urbanização se deve diretamente à consecução do agronegócio globalizado. Como é notório, a modernização e expansão destas atividades promovem o processo de urbanização e de crescimento das áreas urbanas, cujos vínculos principais se devem às inter-relações cada vez maiores entre campo e cidade.
PRÓS
1) aumento da produção e da produtividade com redução de custos;
2) melhor controle ambiental especialmente pela redução ou extinção do uso de agrotóxicos;
3) proporcionar maior velocidade na geração de novas cultivares;
4) promover melhores condições de vencer impedimentos de ordem biótica e abiótica;
5) facilitar a exploração de condições ecológicas adversas pelo direcionamento da criação de
novos genótipos adaptados;
6) proporcionar o uso de alternativas genotípicas desejáveis não encontradas com facilidade na natureza;
7) melhoria na qualidade dos produtos agrícolas;
8) consistente alternativa para contribuir com a mitigação ou extinção da fome, pobreza e miséria absoluta que assolam cerca de 18% da população mundial.
CONTRAS
1) Riscos para a sua saúde: Aumento das alergias - Quando se insere um gene de um ser em outro, novos compostos podem ser formados nesse organismo, como proteínas e aminoácidos. Se este organismo modificado geneticamente for um alimento, seu consumo pode provocar alergias em parcelas significativas da população, por causa dessas novas substâncias.
2) Aumento de resistência aos antibióticos - Para se certificar de que a modificação genética "deu certo", os cientistas inserem genes (chamados marcadores) de bactérias resistentes a antibióticos.
3) Aumento das substâncias tóxicas nos alimentos - Existem plantas e micróbios que possuem substâncias tóxicas para se defender de seus inimigos naturais, os insetos, por exemplo. Na maioria das vezes, não fazem mal ao ser humano. No entanto, se o gene de uma dessas plantas ou de um desses micróbios for inserido em um alimento, é possível que o nível dessas toxinas aumente muito, causando mal às pessoas, aos insetos benéficos e aos outros animais.
4) Riscos ao meio ambiente – A inserção de genes de resistência a agrotóxicos em certos produtos transgênicos faz com que as pragas e as ervas-daninhas (desenvolvam a mesma resistência, tornando-se "super-pragas" e "super-ervas").
5) Agricultor perde a posse da semente que passa a ser patenteada.