SERÁ QUE ELES FALAM?
Os cientistas estão perto de decidir o fascinante código de comunicação dos golfinhos, nossos ancestrais no oceano.
Obs: Essa postagem é um resumo de uma matéria da revista, de Maio/2015, National Geographic.
No Instituto de Oceanografia de Roatán, que funciona como parque marinho e centro de pesquisas em uma ilha ao largo de Honduras. Golfinhos são treinados e dão um show de carisma! No entanto, o que de fato interessa aos cientistas do instituto não é o que os animais são capazes de fazer, e sim o modo como eles pensam.
Durante as apresentações, a treinadora faz gestos que significam "inovem", os golfinhos de 180 quilos mergulham, trocam silvos agudos e então liberam, ao mesmo tempo, bolhas de ar. Depois fazem piruetas um ao lado do outro. Em seguida deslizam eretos sobre a cauda. Assim que completam oito sequências sincronizadas, a sessão chega ao fim. Eles, a cada apresentação, criam uma atividade diferente.
Há duas explicações possíveis para esse comportamento assombroso. É possível que um dos golfinhos esteja imitando o outro com tanta presteza e exatidão que a coordenação aparente não passa de ilusão. Ou, por outro lado, não se trata de ilusão nenhuma: quando assobiam um para o outro debaixo d'água, o que é, literalmente, discutido e decidido o que vão fazer.
Esses lindos mamíferos conseguem enxergar, através de um sonar, até 30 metros de distância, conseguem saber se um objeto é feito de metal, plástico ou madeira. À diferença dos primatas, os golfinhos não respiram de modo automático, e parecem dormir com apenas metade do cérebro em descanso de cada vez. Os olhos deles são independentes um do outro. Eles são uma espécie de inteligência alienígena em nosso planeta.
Os cientistas acreditam que um animal tão evoluído e com um cérebro tão grande, não desperdiçaria tanto tempo realizando discussões sobre as ondas. Todavia, apesar de meio século de pesquisas, ninguém descobriu ainda quais são as unidades básicas da vocalização dos golfinhos ou como essas unidades se articulam.
Até a chegada tardia do gênero humano, os golfinhos eram provavelmente os animais com o maior cérebro - e, assim, os mais inteligentes - no planeta. Certa vez, um golfinho doente nadou até o litoral e o grupo o acompanhou, isso levantou um risco de um encalhe em massa que só não aconteceu, devido a intervenção antrópica. Homens capturaram um golfinho jovem e o jogaram em alto mar, todo o grupo retornou, atraídos pelos seus chamados, para ajudá-lo.
Os golfinhos são ótimos solucionadores de problemas. Foi feito um teste com dois animais da espécie, um tubo de PVC repleto de peixes foi dado a eles, mas o recipiente só se abriria com a força dos dois juntos. Eles aprenderam que só cooperando entre si conseguiriam abrir o tubo cheio de peixes.
Os golfinhos usam "assobios-rúbricas" para identificar uns aos outros. Nenhum animal, além de nós, tem designações diretas para indivíduos.
Os golfinhos são uma espécie de inteligência alienígenas: observá-los talvez seja o mais perto do que vamos chegar no sentido de conhecer um ET.
FONTE: National Geographic Brasil, Maio 2015. NGBRASIL.COM.BR.