Fossa das Marianas
Quando estamos em uma bela praia do litoral brasileiro, estamos no nível do mar, ou seja, zero metros. A cima deste nível, o Monte Everest é o ponto mais alto do nosso planeta, com 8.848 m. Abaixo do nível do mar, o ponto mais profundo da Terra possui 11.034 m.
A Fossa das Marianas é uma fenda oriunda do movimento de subducção - é uma área de convergência de placas tectônicas, na qual uma das placas desliza para debaixo da outra - e possui uma pressão 1.100 vezes maior que a do nível do mar.
NOTA: O maior inimigo dos mergulhos é a pressão do mar. Ela cresce com a profundidade, comprimindo os pulmões e reduzindo os batimentos cardíacos. Com tubos de oxigênio, um mergulhador chega a 440 metros. Sem equipamentos, atinge 170 metros. A campeã, a francesa Audrey Mestre, morreu em 2002 ao tentar superar seu recorde.
Submarino usado por James Cameron
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Conhecendo mais a fundo!
Localizado no Pacífico próximo as Ilhas Marianas, a grande fossa está entre as placas tectônicas das Filipinas e do Pacífico. O homem chegou a Fossa das Marianas pela primeira vez em 23 de janeiro de 1960 através de um batiscafo – um veículo submersível próprio para explorar águas profundas, capaz de suportar a pressão gigantesca da água – com dois mergulhadores.
Anos depois, mais precisamente em 1995, o lugar passou a ser explorado por um robô submarino. O último a descer nas profundezas da fossa, foi o cineasta James Cameron em 25 de março de 2012 que gastou fortunas em sua expedição solitária chamada “Deep Sea Challenge” permanecendo no local por cerca de três horas.
Pelo difícil acesso, o local é hoje um dos lugares conhecidos do mundo menos explorado. O relevo da fossa é totalmente acidentado. Lá podem ser avistadas algumas plataformas, depressões, planícies submarinas, cordilheiras meso-oceânicas, cadeias de montanhas e grandes fendas abissais, tudo formado pelo movimento das placas tectônicas. Por meio de estudos estima-se que a Fossa das Marianas tenha se formado entre 6 e 9 milhões de anos atrás.
Cientistas de uma instituição oceanográfica dos Estados Unidos projetam um novo robô alimentado por energia elétrica de baterias, que poderá ser controlado remotamente e permanecerá preso a um cabo de um navio submerso enviando amostras do local e utilizando fibra óptica para enviar imagens ao navio, quebrando a barreira de profundidade conhecida. Tal como em outras fossas abissais pelos oceanos, estuda-se a possibilidade de transformar a Fossa das Marianas em um depósito de lixo radioativo, na possibilidade de que esses resíduos nucleares sejam absorvidos pelo manto da Terra lentamente. Porém essa atitude esbarra em algumas normas de conflitos do Direito Internacional que tem por objetivo manter princípios de justiça entre todos os povos, nações e governantes.
FONTE: Ciências e Tecnologia
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