ORIENTAÇÃO SEXUAL: o papel da Geografia

O QUE A GEOGRAFIA TEM A VER COM A ORIENTAÇÃO SEXUAL?

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     É isso mesmo, a orientação sexual é uma realidade das escolas brasileiras, mas veja bem, esse conteúdo não é de caráter obrigatório. Não existe uma disciplina escolar intitulada “educação de valores” ou "educação sexual". Esses conteúdos são “espalhados” nas disciplinas obrigatórias do currículo -- Português, Matemática, Geografia, Biologia, História --, por meio de uma técnica chamada transversalidade. Assim, por exemplo, numa aula de Ciências, ao tratar do aparelho reprodutor, o professor aproveita para explicar aos alunos “como se transa”; ou, numa aula de Comunicação e Expressão, o professor manda que os alunos leiam um texto que, a pretexto de combater o “preconceito”, promove o comportamento homossexual.
      Por tanto, a educação sexual é de caráter facultativo e indireto, de modo que não se perca o objetivo principal de transmissão do conhecimento de determinada disciplina. A Geografia por exemplo, pode abordar esse assunto através do desempenho de homens e mulheres na produção do espaço geográfico, as barreiras de gênero na divisão do trabalho na sociedade contemporânea.
      Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) do ensino fundamental II, cita esse assunto na página 45 da 1ª parte do PCN de Geografia. 

Como instituição formadora de cidadãos, a escola não pode reafirmar os preconceitos em relação à capacidade de aprendizagem de alunos de diferentes sexos. Esse preconceito, na maioria das vezes, é muito sutil. Cabe notar que os conteúdos geográficos permitem a construção de um instrumental fundamental para a compreensão e análise de uma dimensão macrossocial das questões relativas à sexualidade e suas relações com o trabalho. Por exemplo, é possível compreender, por meio da análise de dados estatísticos, a diferença de remuneração de trabalho de homens e mulheres e do acesso aos cargos de chefia; o aumento da incidência de gravidez indesejada entre jovens e adolescentes, o comportamento das doenças sexualmente transmissíveis e a discussão sobre onde se assentam as raízes das desigualdades nas relações de trabalho. Em Geografia, esses temas podem ser tratados quando o professor estiver desenvolvendo a temática da cidadania, nas formações socioespaciais, a modernização, o modo de vida, entre outros. (PCN)

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     Como já disse, educação sexual é facultativo. Será que nós, professores de Geografia devemos abordar esse assunto na escola básica? Ora, se a ciência geográfica tem o papel de formar cidadãos críticos, por que não abordar a sexualidade? A final, para que o aluno compreenda a realidade e atue criticamente na sociedade em que vive, é fundamental que o aluno se conheça intimamente para que interaja com a sociedade.


      Além de relacionar de forma indireta, até porque não é a responsabilidade do professor geógrafo ensinar os conceitos da sexualidade, nós também podemos intervir quando presenciarmos atitudes preconceituosas, por exemplo:


Homens que se relacionam com muitas mulheres são “garanhões”.

Mulheres que se relacionam com muitos homens são “fáceis”.
Homens não choram.
Mulheres são menos eficientes.

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     Como seus alunos percebem os papéis que os homens e as mulheres desempenham na sociedade? A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou em Nova York a campanha HeForShe (ElePorEla), um movimento para promover a igualdade de gênero e nomeou a atriz Emma Watson, que ficou famosa ao viver a personagem Hermione na franquia Harry Potter, como embaixadora da boa vontade.



EDUCAÇÃO SEXUAL PARA QUÊ? Fica a seu critério, caro professor, se achar a formação de um cidadão fundamental dentro da escola, então derrube seus preconceitos e plante sementes de igualdade e respeito, não apenas de gêneros ou sexual, mas sementes que possam germinar a ideia de uma única raça, a humana.
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Anônimo
AUTOR
10 de novembro de 2014 às 01:30 delete

Muito boa a postagem, diferenciada e extremamente importante.
Suzana

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