Desvendando as ondas
Você viajou para a praia nas últimas férias? Por acaso você se indagou como toda aquela areia foi parar ali? Foi um árduo e longo trabalho que as ondas fazem até hoje. Além de formar as faixas de praia, as ondas também são as responsáveis pela remobilização de sedimentos nas plataformas continentais.
A maioria das ondas que atingem a costa é gerada em zonas de alta pressão atmosférica, no meio dos oceanos, propagando-se, a partir daí, em direção aos continentes.
As partículas de água que compõem uma onda realizam movimentos circulares e interferem à uma profundidade equivalente à metade do comprimento da onda. Ao se aproximarem de áreas mais rasas, o movimento das partículas de água nas ondas, originalmente circulares, passa a elíptico, apresentando, junto ao fundo, um movimento que se assemelha a um vaivém no sentido de propagação da onda.
As ondas se desfazem quando a profundidade diminui deixando de dar sustentação. Existem três tipos de arrebentação, ascendente: ocorre em fundos de alta declividade, mergulhante: ocorre em fundos de declividade média, quando as cristas das ondas se rompem após formarem um enrolamento em espiral, deslizante: ocorre nas regiões de topografia de fundo mais suave, quando as ondas quebram percorrendo uma grande distância.
Desvendando as marés
As marés são fenômenos ondulatórios, gerados pelos processos de atração gravitacional entre a Terra, o Sol e a Lua.
A amplitude das marés pode variar de alguns centímetros a mais de dez metros, fazendo com que o efeito da maré sobre os processos sedimentares seja extremamente diversificado.
As marés também exercem importante papel na configuração e dinâmica de todas as desembocaduras fluviais, podendo formar estuários, que constituem áreas de grande importância para o crescimento de espécies de organismos marinhos de interesse comercial e biológico.
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| Ação das marés. Monte Saint Michel (França)
FONTE: Decifrando a Terra
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