Crie o seu Mapa Mundi 3D - Maquete Geográfica


Olhe como ficou o Mapa Mundi 3D


Para começar, uma questão: É possível trabalhar com a Geografia Física nas escolas sem perder conteúdo importante para a compreensão de processos naturais e a interação com ações humanas, de maneira atraente e enriquecedora?

Claro que há! Basta ter criatividade e vontade de estabelecer novos métodos que atraiam a atenção dos alunos, contribuindo até mesmo com a indisciplina. 

Apesar do potencial didático da maquete geográfica, ela é ainda pouco utilizada na escola, uma vez que a sua construção demanda tempo e trabalho extraclasse, nem sempre possíveis ao professor do ensino básico. 

Entretanto, se o professor se dedicar a criar um bom planejamento de aula e recursos atraentes, o trabalho será só uma vez. Além disso, a recompensa vem com uma sala entretida, fazendo com que o professor se sinta bem com a boa aceitação por parte dos alunos.

Vamos fazer uma maquete?



COMO FAZER?


Em primeiro lugar, você deve imprimir um Mapa Mundi do estilo apresentado abaixo, com o objetivo de criar um mapa topográfico. Quanto maior a impressão, mais detalhes terá sua maquete. Eu usei a impressão do tamanho A1 que custou R$ 5,00.




Com a impressão pronta, utilize um Atlas que possua um Mapa Mundi hipsométrico e outros mapas do mesmo estilo, só que de escalas menores, para que os detalhes possam ser estudados. 

Você fará uma análise própria e verá de acordo com a sua disposição quais cores da hipsometria você irá ignorar. Não dá para criar uma maquete fidedigno, você terá que ignorar certos detalhes. 

Veja a diferença da hipsometria do Atlas e a que eu adotei:

ATLAS         MAQUETE
6000 m               idem
5000                   idem
4000                    idem 
3000                   idem
2000                   idem
1000                   idem
500                     idem
200                       250
0                           0
200m                   1000
2000                   idem
4000                   idem
6000                   idem
8000                   idem

Após a sua configuração feita, desenhe no mapa impresso as curvas de nível o mais próximo das formas originais, mas não se atente aos pequenos detalhes, pois será impossíveis de serem feitos nos próximos passos. Lembre-se que é uma maquete do globo, portanto terá que haver uma generalidade.

Agora chegou a hora de cortar a impressão, exatamente da menor altitude até a maior, então comece nos 8 mil metros abaixo de zero. Recorte por vez cada altitude!



Depois de cortado, coloque o mapa em cima de uma folha de isopor. ATENÇÃO! Eu adotei folhas de isopor de 1 cm para cada 1000 m, portanto, as cotas de 250 e 500 foram folhas de isopor de 0,5 cm.

Desenhe sobre o isopor a forma cortada e depois corte. Com um pedaço de arame amarrado na ponte de um lápis, você poderá cortar o isopor sem fazer sujeita e ainda consegue manter os detalhes da curva. Esquente o arame no fogo de uma vela e vá cortando na forma correta.



  








Conforme você for progredindo nas curvas, vá colando os moldes de isopor um em cima do outro. Aos poucos você conseguirá ir identificando as cadeias de dorsais, e as formas dos continentes.

Agora chegou a hora de passar uma massa por cima para retirar a forme de escada e ficar mais próximo do real.

PAPEL MACHÊ:

1 L de cola tenaz 

4 rolos de papel higiênico

1 recipiente

1 pedaço de pano


Pique o papel higiênico e coloque de molho por uma hora dentro do recipiente.

Agora, jogue aos poucos o papel sobre o pedaço de pano. Torça o pano para que a água saia e sobre apenas o papel. Junte todo os bolos de papel num recipiente e com as mãos produza migalhas. Jogue a cola até formar uma maça macia e fácil de manusear. Vá criando uma camada sobre o isopor.



Espere secar por completo, isso pode demorar alguns dias. Agora, comece a pintar, faça a diferença do gelo, vegetação densa das regiões equatoriais, desertos, etc.

Pronto, crie uma legenda e e comece a criar diversas atividades como: explicar as influências das cordilheiras no clima local, placas tectônicas, dorsal, relevo oceânico, etc.


OBS.: O relevo oceânico é mais suave do que o continental, entretanto isso não fica muito evidente na maquete. Isso porque existe o fator do exagero vertical, onde os relevos ficam maiores do que o normal, mas se torna importante para que consiga estabelecer comparações. Por exemplo: serras brasileiras com os Andes. Caso retire o exagero vertical, essa comparação não poderá ser feita.




Qualquer dúvida sobre o processo ou sugestão, comente abaixo ou mande um e-mail.

Tem alguma maquete que queira expor o processo? Mande para o e-mail e veja o seu trabalho no blog!

geografiaparaque@gmail.com


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Comentários
3 Comentários

3 comentários

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Anônimo
AUTOR
24 de fevereiro de 2015 às 16:36 delete

Parabéns pela criatividade, ficou linda!

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Unknown
AUTOR
10 de julho de 2018 às 22:25 delete

Parabéns...ficou muito bom!!
Qual tinta foi usada para pintar!?

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